Os trabalhadores da Tempo Team que asseguram as operações da EDP estarão em greve nos próximos dias 11, 12, 18 de 19 de Junho durante dois períodos de duas horas diárias (10 às 12 e 17 às 19 horas), bem como ao trabalho suplementar durante duas semanas.
O pessoal da Tempo Team, nome nunca pronunciado nos milhares de contactos e outras operações efetuadas ou constante de qualquer documento produzido/manuseado, mas sim o da EDP, reivindicam aumentos salariais de 30 euros mensais a cada trabalhador, pois entraram no sétimo ano sem revisão salarial. Além do aumento salarial reclamam melhores condições de trabalho e questionam o facto de laborarem para um empreiteiro da EDP, quando, na prática, são a voz e o contacto praticamente único da elétrica perante o público consumidor.
Sindicato das Indústrias Eléctricas Sul e Ilhas
De facto, os trabalhadores da Tempo Team, cerca de 800 no total, em duas instalações (Odivelas e Defensores de Chaves, em Lisboa), fazem todo o atendimento aos consumidores (avarias, contratos, facturas, reclamações e outros pedidos), entre outras tarefas internas, e ganham uma média mensal de 600 euros, quando, se pertencessem ao quadro da EDP, empresa que representam perante os consumidores, ganhariam mais do dobro.
Sem revisão salarial vai para sete anos. Novas admissões todas feitas a título precário e com o salário mínimo nacional (485 euros) e passagens de outros contratos para esta operação discriminatórias nas suas condições, os trabalhadores, apoiados pelo SIESI, reclamam 30 euros mensais de aumento por trabalhador. A Tempo Team, após 5 meses decorridos sobre a proposta apresentada, propôs um aumento médio de 7,3 euros (1,4%).
Esta situação, considerando que a empresa se colocou numa posição manifestamente distante de qualquer hipótese negocial, levou a que os trabalhadores se decidissem pelo recurso à greve.
