tp_strup_carris_repressaoForam muitos os dirigentes e delegados sindicais que hoje marcaram presença na tribuna pública, realizada em Santo Amaro junto às instalação da empresa, promovida pelos membros das Organizações Representativas de trabalhadores e de utentes, em luta contra a repressão exercida pela Carris sobre o trabalhador José Manuel Passinhas Pólvora, "despedido ao ser declarado definitivamente inapto para as funções de motorista por «incompatibilidade de fardamento»", ou seja, despedido por não poder usar gravata. Repressão também exercida sobre o membro da CT e delegado sindical Jorge Gomes, acusado de usar a gravata no segundo botão da camisa e de recusa ao cumprimento de ordem ilegítima o que levou ao seu despedimento no passado mês de Janeiro deste ano, a Carris continua esta perseguição, agora, com um processo para despedimento de José Manuel Amado, dirigente do STRUP/CGTP-IN e da FECTRANS, acusado, desta feita, de recusa ao cumprimento de nova ordem ilegítima.
Estes três casos revelam uma escalada repressiva mas têm um fundo em comum; a repressão de quem se sente com direitos, de quem exige ser tratado com dignidade.A Administração da Carris não hesita em violar todas as leis para impor a sua lei do «quero, posso e mando». Mas este grau de repressão só tem sido possível porque o Governo PSD/CDS tem assumido uma postura cúmplice, se não é mesmo o mentor de tal postura. Este processo insere-se assim na ofensiva que o Governo, tem em marcha contra os trabalhadores portugueses e os dos transportes em particular, de destruição dos direitos, o empobrecimento geral de quem vive do seu trabalho e no caso concrecto da Carris, a sua destruição, como empresa de capitais  públicos, através da sua extinção, fusão e criação de outra empresa e que só nos últimos dois anos fizeram diminuir os rendimentos dos trabalhadores em mais de 30%, sendo para isto, vital (para o Governo) que o C.A. da Carris procedda à tentativa de desmantelamento da estrutura sindical da CGTP-IN, na empresa, o STRUP.
Os direitos defendem-se exercendo-se, sendo por isso de extrema importância acções de denuncia como esta, bem como o trabalho realizado nas empresas informando e sensibilizando os trabalhadores para os seus direitos.
Esta acção de denúncia contou com a presença e intervenção de Arménio Carlos, Secretário-geral da CGTP-IN e também trabalhador da Carris. Na sua intervenção reforçou a importância da participação de todos os trabalhadores e população em geral na grande manifestação contra a exploração e o empobrecimento, que se realizará já no próximo Sábado em Lisboa.