solidariedade_presos_palestinosA USL/CGTP-IN é uma das organizações subscritoras de uma posição de solidariedade com os presos políticos palestinianos em greve de fome nas prisões israelitas, que a seguir se transcreve;
No dia 17 de maio, pelas 18 horas, o conjunto das organizações subscritoras (CPPC, MPPM, CGTP-IN e muitas outras) promove um ato público de solidariedade e protesto em frente à Embaixada de Israel, em Lisboa. A CGTP-IN apela à mobilização e participação dos trabalhadores e do movimento sindical nesta importante ação de solidariedade.

 

A greve de fome dos presos políticos palestinos nas prisões israelitas - que se reforça e alarga, a cada dia - constitui um grito de alerta sobre a condição do martirizado povo palestino.
Com a sua corajosa acção, mais de dois mil presos políticos palestinos denunciam a violência da ocupação israelita e a sua determinação em prosseguir a luta pela realização dos seus legítimos direitos.
Cerca de 5000 presos palestinos, muitos dos quais encarcerados há vários anos sem que contra eles tenha sido pronunciada uma única acusação, estão sujeitos a desumanas e indignas condições, ao isolamento, por vezes durante vários anos, à proibição de visitas de familiares ou dos próprios advogados, a espancamentos, sevícias e chantagens.
O estado de saúde de muitos dos prisioneiros palestinos - alguns ultrapassando os setenta dias de privação de alimentos - é de extrema gravidade.
A condição dos prisioneiros políticos palestinos nas cadeias israelitas ilustra o drama do povo palestino sob a ocupação israelita, a violência de um quotidiano feito da repressão sistemática, da contínua espoliação das terras, da destruição das casas e dos campos de cultivo, das expulsões, do alargamento contínuo dos colonatos, da meticulosa aplicação de uma política que visa o esmagamento da sua identidade e da realização plena dos seus direitos, como a constituição de um estado nos territórios ocupados em 1967, com Jerusalém Oriental como capital, e uma solução justa para a situação dos refugiados palestinos.

Deste modo, as organizações signatárias:

- Expressam a sua solidariedade com os presos políticos palestinos em greve de fome e, através deles, com todo o povo palestino vítima da ocupação israelita

- Reclamam dos órgãos de soberania portugueses uma intervenção firme e determinada que responsabilize Israel pela situação dos presos políticos palestinos e que exija o cumprimento, por aquele estado, dos princípios e normas do direitos internacional e humanitário a que está obrigado pela sua condição de membro das Nações Unidas

- Apelam à opinião pública portuguesa para que se mobilize na denúncia dos crimes da ocupação israelita e na afirmação da sua solidariedade com o povo e os presos políticos palestinos, pugnando pela sua libertação

- Decidem promover um acto público de solidariedade para entrega desta tomada de posição, dia 17 de Maio, pelas 18h00, frente à Embaixada de Israel, em Lisboa.

Lisboa, Maio de 2012

Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente – MPPM

Conselho Português para a Paz e Cooperação – CPPC

Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional

Ecolojovem – Os Verdes

Movimento Democrático de Mulheres

União de Resistentes Antifascistas Portugueses

União dos Sindicatos de Lisboa – CGTP/IN