As Comissões de Utentes da Saúde dos Concelhos de Sintra e Amadora realizaram, no dia 29 de Janeiro pelas 18 horas, junto ao Hospital Amadora-Sintra, uma vigília/protesto. Os acontecimentos recentemente ocorridos, nesta unidade hospitalar tais como: mais de 12 horas de espera no serviço, demissão da direcção do serviço de urgências, perda de vida humana em função das horas de espera, reflectem as más condições de acesso ao SNS. O Hospital Amadora-Sintra abrange uma área de intervenção demasiado extensa, situação que acarreta consequências dramáticas ao nível da celeridade na prestação dos seus serviços, sendo constantes as situações de sobrelotação e intermináveis horas de espera para aqueles que recorrem ao serviço de urgência hospitalar.

Esta ruptura nos serviços de urgência hospitalar também se deve ao facto de estar a haver um grande desinvestimento nos cuidados de saúde primários. Nestes dois concelhos encerraram o centro de saúde Belas, Reboleira e Sabugo, acresce ainda a esta situação o encerramento ao domingo e ao sábado a partir das 14h dos serviços de atendimento permanente (SAP’S) em todo o concelho de Sintra.

No Centro de Saúde de Rio de Mouro só há um medico para 23 mil utentes. A ARS de Lisboa entretanto contrata médicos através de uma agência de trabalho temporário que não são especialistas em saúde familiar. A elevada densidade populacional, cerca de 650 mil utentes, destes dois concelhos, a falta de uma rede de transportes públicos a preços acessíveis dificulta o acesso da população abrangida a este hospital. As Comissões de Utentes alertaram com esta iniciativa para os efeitos nefastos que as medidas do actual Governo estão a ter para os Utentes do SNS, para a necessidade de construção de um Hospital Público no Concelho de Sintra e para a importância na defesa do Serviço Nacional de saúde Universal Geral e Gratuito.