A privatização dos CTT foi decretada pelo Governo. No início foi anunciada a privatização a 100% capital dos CTT. Depois afirmou  que o processo seria efectuado por venda directa a um ou mais investidores. Depois decidiu que a venda dos CTT seria feira por dispersão em bolsa. Por fim anunciou que apenas venderia 70% das acções, ficando o Estado com os restantes 30%. Todas estas alterações não acontecera por acaso, foram o resultado da pressão da opinião pública, da dificuldade de convencerem os seus pares da razão da privatização, da perda de soberania e da perda dos lucros dos CTT, e não menos importante, esta mudança de estratégia deveu-se à luta dos trabalhadores.

Luta que hoje teve um ponto alto com a realização de uma forte greve e de uma combativa manifestação entre os Restauradores e o Ministério das Finanças. A luta dos trabalhadores dos CTT sofreu ontem uma inqualificável agressão por parte do Corpo de Intervenção da PSP a mando deste Governo. Porque a luta destes homens e mulheres dificulta e muito a venda de acções desta empresa estratégica para o nosso povo e país. Porque estes trabalhadores lutam pela manutenção dos seus postos de trabalhos bem como dos direitos conquistados. Os trabalhadores defendem um empresa secular no nosso país, uma empresa que presta um serviço universal a todos os portugueses, um empresa que representa a coesão e a comunicação fulcrais para qualquer sociedade desenvolvida. Sociedade que começámos a construir em Abril e que não vamos deixar ser destruída a manda dos senhores do dinheiro. A LUTA CONTINUA!