A União dos Sindicatos de Lisboa e a Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens da CGTP-IN realizou ontem, na Rua do Carmo, uma tribuna pública que assinalou o dia Internacional da Mulher. Esta iniciativa esteve inserida na Semana da Igualdade (6 a 10 de Março), organizada pela Intersindical Nacional, sob o tema Valorizar o trabalho – Efectivar a Igualdade. A Tribuna de Rua contou com a moderação da Jornalista Maria José Garrido, jornalista da TVI e com a participação de diversos oradores.

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 A tribuna contou com a intervenção de Arménio Carlos, Secretário-geral da CGTP-IN.

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Esta acção foi concluída com um excerto de um espectáculo de Cláudia Dias e a participação de Jaime Neves, Pablo Fidalgo Lareo e Karas - Atenção à direita, que através da expressão corporal, do boxe e da palavra, coloca em evidência a importância de se reagir, resistir e lutar para que o mundo avance.

 

 «Quando levamos um soco, pelo menos acontece qualquer coisa. Com alguma sorte, se dermos por ela, temos noção que está a acontecer. É um primeiro passo, quando nos esmurram a cara, saber algo. Mas bom mesmo é saber quem, como, para quê, o que foi. (...) Num mundo de agressão mais ou menos dissimulada, em casa e no trabalho, e mais ou menos simulada, no ócio e lazer, é de esperar que mais cedo ou mais tarde alguém nos dê esse soco, Nem que seja metafórico. O que surpreende é que tanta gente apanhe sem saber porquê»

Oradores que tomaram a palavra na Tribuna Pública:

1.Fátima Messias – Coordenadora da Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens da CGTP – falou da importância se assinalar o 8 de Março, data que muitas vezes se encontra desligado da sua origem histórica e da importância do papel da luta das mulheres trabalhadoras, pelo fim das discriminações e desigualdades a que ainda estão sujeitas.

2.Aida Higinio – Dirigente Sindical, trabalhadora do Hotel Sheraton Lisboa – está a ser vitima de um processo de despedimento que decorre desde altura em que ainda estava a amamentar, justificação do despedimento extinção do posto de trabalho, a Comissão para a Igualdade no trabalho e emprego (CITE) não deu parecer favorável ao despedimento, mas a entidade patronal persiste com a intenção.

 

3.Anabela Silva – Dirigente sindical do Sindicato das Industrias eléctricas, operadora de Call-center da EDP, veio nos falar dos ritmos intensivos de trabalho nos call-center, os trabalhadores muitas vezes tem que optar entre comer ou ir à casa de banho, porque as pausas são mínimas; dos direitos (salários, subsídios de estudo, desconto na electricidade) diferenciados face aos trabalhadores vinculados directamente à EDP; 

4.Filipa Costa – Dirigente Sindical do Sindicato do CESP – Falou-nos sobre o bloqueio da Contratação Colectiva e o impacto nos salários, a desregulamentação dos horários de trabalho e a dificuldade das mulheres trabalhadoras conciliarem o trabalho com a vida pessoal e familiar.

 

5.Teresa Grácio – Professora vítima de Assédio Moral numa instituição particular com fins lucrativos, foi despedida mas ganhou o processo em tribunal.

 

 

 

6.Deolinda Fernandes – Dirigente Sindical, educadora de infância do ensino particular e cooperativo falou-nos da falta dificuldade da conciliação do trabalho com a vida  pessoal e familiar; o nº de horas que as crianças estão na escola. 

7.Sofia Silva – Dirigente Sindical do sindicato da Função Pública – Falou-nos a titulo de exemplo da falta de trabalhadoras nas Escolas, na Saúde na Segurança Social e da quantidade de trabalhadores desempregados que estão a ocupar postos de trabalho permanentes através dos contratos emprego inserção, são fundamentalmente mulheres. 

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Saber mais sobre a Semana da Igualdade da CGTP-IN.

 

 

 

 

TRIBUNA DE RUA – É TEMPO DE EFECTIVAR A IGUALDADE – DIA INTERNACIONAL DA MULHER