A propósito do dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, o Sindicato dos Trabalhadores de Arqueologia (STARQ) lançam um estudo recente sobre sexismo, assédio e abuso sexual na área laboral e académica da Arqueologia, a maioria das vítimas são mulheres.

Os resultados, já publicados, são inquietantes (68,3% relataram ter sido alvo de comportamento sexista, 66,9% foram vítimas de assédio sexual e 14,4% de agressão sexual), denotando ainda falta de consciencialização sobre o tema, ausência de códigos de conduta e ineficácia dos canais de denúncia. As vítimas sentem dificuldade em continuar a trabalhar na área da Arqueologia, vendo afetadas a sua saúde e vida pessoal. É atestada, igualmente, a existência de um ambiente de trabalho tendencialmente machista, com elevada frequência de episódios de assédio sexual sobre estudantes ou trabalhadores de Arqueologia, tanto em meio académico como profissional.

O STARQ, alerta para os resultados do estudo que demonstram um problema sistémico no setor arqueológico, normalizando o sexismo e o assédio verbal e para a necessidade de implementação de medidas de prevenção considerando a falta de consciencialização sobre o tema, grave ausência de códigos de ética ou de conduta e opacidade nos canais de denúncia, o que resulta ao autossilenciamento das vítimas por medo de represálias.

 

Ler estudo.

Ler nota de imprensa.