greve_comboios_vaziaAs elevadas adesões dos trabalhadores à greve de hoje – CP adesão praticamente total (só circularam os comboios designados por mínimos); CP-Carga nem sequer organizou transportes para o dia de hoje; REFER adesão superior a 70%; Metropolitano de Lisboa, 100% no período de greve; Carris – adesão superior a 50%; STCP, adesão menor, mas cerca de 30% - são uma enorme demonstração de descontentamento dos trabalhadores, face à suspensão dos Acordos de Empresa no que concerne ao pagamento do trabalho extraordinário e imposição das regras do Código de Trabalho, que podem fazer com que um trabalhador indicado para trabalhar num dia de feriado, (que abdique do seu descanso) seja apenas compensado com metade das horas trabalhadas, sem qualquer outra remuneração.
Esta adesão deve fazer o Governo meditar na irresponsabilidade das suas medidas, num sector em que parte significativa da oferta é assegurada por recurso ao trabalho extraordinário, medida que os patrões e administrações adoptam para limitar a criação de novos empregos.
A manter-se o autismo do Governo, este é um conflito que pode alastrar a outras empresas do sector público e privado. O Governo tem que optar entre o alastramento do conflito ou a criação de condições para a paz social nas empresas, incentivando a negociação colectiva como factor de progresso social. FECTRANS