capa_cesp_pingo_doceA "operação" montada com todo o detalhe pelo Pingo Doce, no dia 1.º de Maio, para além das muito badaladas "provocação", da "demonstração de poder", do "favorecimento" dos consumidores com mais poder de compra, e discriminação dos de menor poder de compra, designadamente, desempregados sem protecção social (quase 50%); reformados e pensionistas das pensões mínimas, excluídos e também trabalhadores da empresa impedidos de comprar com desconto, tem consequências económicas e sociais com repercussão directa nos salários e emprego na concorrência e eventualmente nos fornecedores e produtores.

Os consumidores, legitimamente, aproveitaram a oportunidade para adquirir o que precisavam e não precisavam a preço de saldo. Os incidentes e a perturbação da ordem pública são coisa passageira em relação às outras consequências que importa avaliar.

Tal como a "queixa". Os sindicatos não fazem "queixas", agem. O CESP agiu preventivamente junto das entidades que devia, para tentar prevenir que esta operação decorresse em violação das leis. "O CESP está a reunir elementos para apreciar, em reunião extraordinária, amanhã, 3 de Maio, as consequências da “operação” Pingo Doce, designadamente, sobre o emprego no sector da distribuição". Realizar-se-á uma Conferência de Imprensa, amanhã, 3 de Maio, às 17 horas na sede do CESP, Rua Almirante Barroso, n.º3 (junto ao Largo D. Estefânia) em Lisboa, sobre as consequências económicas e sociais da "operação" Pingo Doce.