Ficou demonstrado que os trabalhadores unidos, organizados e com propostas justas conseguem melhorar as suas condições vida e de trabalho, afirma o SITE CSRA, a propósito do acréscimo de rendimentos alcançado na Fima-Olá, em Santa Iria de Azóia.

No dia 1 de Fevereiro, foi possível chegar a um aumento salarial de cinco por cento e ao pagamento de um prémio de 500 euros ilíquidos, em resultado da luta desenvolvida e perante as propostas dos trabalhadores para lhe dar continuidade, com o Dia Nacional de Indignação, Protesto e Luta da CGTP-IN (9 de Fevereiro) como pano de fundo.

Na opinião do SITE CSRA, os aumentos verificados não resolvem todos os problemas criados pela inflação e perda de poder de compra nos últimos anos, mas, para já, são um passo importante nessa recuperação.

A melhor forma de os trabalhadores continuarem este caminho é manterem o reforço das suas organizações e um nível alto de participação nas mesmas.

Os avanços, importantes para atenuar as dificuldades sentidas com a perda de poder de compra, foram conseguidos depois de várias decisões aprovadas pelos trabalhadores em plenários, com resoluções apresentadas à administração em 2021 e 2022, e em especial, com a realização da greve no dia 11 de Janeiro de 2023, que teve uma fortíssima adesão.

O SITE CSRA saudou todos os trabalhadores da Fima-Olá, que se manifestaram de forma exemplar, assinalando que, neste exemplo, ficou comprovado que os trabalhadores, quando lutam, podem ganhar, sendo certo que, quando não lutam, perdem sempre.

Afirmações patronais repudiadas

São de repudiar os comunicados da administração da Fima-Olá (empresa da Unilever Fima, uma parceria da multinacional britânica Unilever com a Jerónimo Martins), a dizer que não compreendia a indignação dos trabalhadores, num momento que a inflação bate recordes e a perda do poder de compra de quem trabalha diminui, ao mesmo tempo que os lucros aumentam.

O sindicato repudiou também as declarações da administração que visaram a maior organização social do País (CGTP-IN). Recordou ainda a tentativa da administração de restringir plenários sindicais, no passado recente, a perda de poder de compra imposta nos últimos anos e a retirada de direitos na contratação colectiva (como a remuneração do trabalho suplementar).

Fonte: Fiequimetal