A União dos Sindicatos de Lisboa/CGTP-IN vai participar nas Comemorações do 48.º Aniversário da Revolução de 25 de Abril de 1974, que derrubou o regime ditatorial fascista, provocando profundas transformações na nossa sociedade e instituindo um regime Democrático, com direitos políticos, sociais e culturais, que vieram a ficar consagrados na Constituição da República Portuguesa de 1976.

Celebramos também, neste ano, o facto desta nova vivência democrática, em plena Liberdade, perdurar mais tempo do que a longa noite em que o regime fascista do Estado Novo mergulhou o nosso País. A complexa situação que vivemos, com uma guerra que condenamos, não pode servir de pretexto para adiar a resposta aos problemas dos trabalhadores nem, muito menos, para dar cobertura ao aumento da exploração, à degradação das condições de vida, ao aumento das desigualdades e à tentativa de imposição de uma ainda maior fragilização das condições de trabalho.

Depois do aproveitamento da pandemia pelos grupos económicos para acumularem lucros colossais, enquanto os trabalhadores eram atingidos nas suas condições de vida e direitos, está agora em curso um processo de aproveitamento da guerra e das sanções para um brutal aumento de preços e degradação do poder de compra dos salários, empobrecendo os trabalhadores ao mesmo tempo que as multinacionais e os grupos económicos promovem a especulação e se preparam para concentrar lucros e dividendos cada vez maiores.

Perante o aumento dos discursos e das campanhas defensoras de práticas discriminatórias e antidemocráticas, como a limitação à liberdade sindical, a xenofobia, o racismo e a desigualdade de género, impõem-se respostas firmes, assumindo o cumprimento da Constituição da República Portuguesa, referência maior da Revolução dos Cravos, garantindo a sua matriz democrática, progressista e solidária.

Neste sentido, é muito importante uma forte participação e mobilização nas comemorações populares do 48º Aniversário do 25 de Abril, exigindo: a defesa do emprego com direitos e contra a precariedade, o direito à contratação coletiva, o aumento geral dos salários e das pensões, a redução do horário semanal de trabalho para as 35 horas, o reforço dos serviços públicos e das funções sociais do Estado na Saúde, no Ensino e na Segurança Social.