TERMINOU ONTEM A CAMPANHA! “20 CARRUAGENS PARADAS, 20 DIAS DE LUTA!”

A União dos Sindicatos de Lisboa, integrou a concentração promovida pelo Movimento dos Utentes dos transportes de Lisboa no interface do Campo Grande que decorreu a partir das 17h00. As organizações exigem a tomada de medidas imediatas, face ao caos que se vive no Metro de Lisboa. São tempos de espera infindáveis, são carruagens que se encontram a abarrotar, passageiros a serem transportados como se fossem sardinha em lata! São as constantes perturbações na linha, atrasos sucessivos!

 

A Administração do Metro, é muito célere nas justificações dos atrasos por causa dos plenários dos trabalhadores, mas não dizem que as constantes perturbações na linha, prendem-se principalmente, por falta de trabalhadores; que não existe material circulante em condições de segurança para fazer face às necessidades de circulação da população. 

O tempo que se demora habitualmente no percurso de casa-trabalho-casa (considerando, só os trabalhadores que têm uma actividade profissional) na área metropolitana de Lisboa é superior a 45 minutos. Este aspecto é muito importante para a qualidade de vida de quem vive e trabalha na cidade de Lisboa.

Não basta fazer apelos à população para que utilize mais os transportes colectivos de Lisboa. É necessário melhorar a rede pública de transportes.

Ontem também foi assinado entre a CML e o Governo um memorando conjunto visando a concessão da gestão da CARRIS. É com preocupação que a Comissão de Utentes vê esta situação, conforme se pode ler na resolução…” a entrega da gestão, ao municípios provavelmente trará uma acentuada quebra na qualidade do serviço público, que a CARRIS serve mais do que um município e que esta opção …” de municipalização se trate de uma verdadeira antecâmara da posterior concessão a privados.

As organizações presentes defendem a manutenção da CARRIS na esfera pública - No sector empresarial do Estado – devendo ser dotada do financiamento adequado de forma a garantir um serviço público de qualidade.

Utentes e trabalhadores exigem menos promessas e mais medidas concretas:

- É necessário e urgente a contratação de mais trabalhadores em falta, necessários para repor a oferta de transporte e devolver a qualidade ao sistema de transportes públicos;

- É fundamental mais investimento para fazer a manutenção do material circulante, e as obras de alargamento da estação de Arroios.

- É urgente reduzir o preço dos transportes públicos, considerando os baixos rendimentos das famílias, tornando mais atractivo o uso do transporte colectivo e colocando-o como uma verdadeira alternativa ao uso do transporte individual.

Isto só será possível se melhorar a oferta e a qualidade!