A população das áreas metropolitanas e do interior do País precisa que haja mais transporte rodoviário, à medida que se vai verificando a retoma da actividade e, para isso, é preciso que o governo intervenha rapidamente.

Esta é a principal mensagem do documento que uma delegação de dirigentes dos sindicatos da FECTRANS entregou, hoje, na presidência do Conselho de Ministros.

No quadro das medidas do Governo a partir de 1 de Junho, entra-se numa nova fase de desconfinamento, com uma maior retoma de actividade, mas as empresas privadas de transporte rodoviário de passageiros, vão continuar em “lay-off”. O grupo Transdev já anunciou o prolongamento dessa decisão até ao final do mês de Junho, em todo o grupo.

Ao mesmo tempo que milhares de trabalhadores estão com contrato suspenso e outros, estão na linha da frente a assegurar os poucos transportes, em ambas situações com perda de salários e direitos, milhares de utentes começam a ser transportados sem as condições de segurança e protecção definidas pelo governo e DGS.

Pelo que é conhecido estas empresas continuam a receber apoios do Estado, nomeadamente com o pagamento do PART (Programa de Apoio à Redução Tarifária) na base do histórico, do ProTrans (Programa de Apoio à Densificação e Reforço da Oferta de Transporte Público) e o apoio aos passes 4-18, sub23 , Social+, conforme reconhece o próprio presidente da ANTROP que à saída de uma reunião com o Ministério do Ambiente afirmou que “recebeu garantias de que, de facto, as verbas que tinham sido prometidas para o financiamento do transporte público, estão a ser concretizadas”.

Por outro lado, o presidente da ANTROP afirma que foram dadas garantias que “o governo deu instruções e confirma que as autarquias podem usar as verbas do transporte escolar para o financiamento do transporte público”.

Em suma:

O Estado Português está a pagar a empresas privadas para que estas estejam paradas, numa altura que há necessidade de maior oferta para proteger os cidadãos.

Milhares de trabalhadores com a redução dos seus salários e com os dinheiros da Segurança Social, estão a suportar a generalidade dos encargos destas empresas.

Estiveram presentes na iniciativa em frente à presidência do Conselho de Ministros esteve uma delegação da CGTP-IN composta pela Secretária Geral, Isabel Camarinha,  o coordenador da USL Libério Domingos.  No local foi recebida a saudação da deputada do PCP Diana Ferreira.

 Documento entregue na presidência do Conselho de Ministros.