trabalhadores TAPO SITAVA - Sindicato do sector da Aviação - veio já, e tendo presente a comunicação do Governo onde foi anunciada a recomposição accionista do capital social da TAP SGPS, assinalar que, embora esta decisão do Governo não seja a que era desejável, ela é, ainda assim, e por variadíssimas razões, uma importante medida que vem colocar o Consórcio privado em clara minoria. Depois da entrega da TAP pelo anterior governo ao grupo privado, não foi preciso muito tempo que ficasse demonstrado tudo aquilo que foi dito: de que este negócio iria colocar o funcionamento da empresa sob os interesses estratégicos do grupo privado e, estamos já confrontados com o negócio dos aviões Airbus trocados com a empresa Azul e que beneficiou a Azul em muitos milhares de euros; a compra pela TAP de aviões que a Azul tinha parados; ou o anúncio da eliminação de voos a partir do Porto e o anúncio de ligações Lisboa-Porto num negócio se subcontratação de serviços.

 

Perante tudo isto, lamenta-se que o recente acordo do Governo com o grupo Gatway, não seja no sentido de inverter esta situação, e que apesar do aumento de capital do Estado na TAP, a empresa continue dominada pelos interesses privados, que conforme já foi demonstrado estão longe deste canto da Península Ibérica. O país precisa de conhecer todo este negócio, e os trabalhadores exigem que seja desbloqueada a contratação colectiva, sejam respeitados os seus direitos consagrados nos respectivos Acordos de Empresa e seja também restabelecida a confiança no futuro – tudo matérias indispensáveis ao bom funcionamento, à consolidação e ao progresso de todo o Grupo TAP, que deve caminhar totalmente para a esfera do estado porque é isso que serve os interesses do País.