luta_greves_cp_abr_2015Terminou ontem um ciclo de lutas, na forma de greve na CP, que registou forte adesões durante os 4 dias (2, 3, 5 e 6) que conforme é reconhecido pela administração da empresa, levou à paralisação de cerca de 90% dos comboios. Estas lutas tiveram por base a exigência do respeito pelo cumprimento do Acordo de Empresa, em particular no que concerne ao pagamento do trabalho em dia de feriado, que está a ser violado pela administração por imposição do governo. Há um acordo entre a administração, que vigora há dezenas de anos, com a sua última publicação em 1999. Quando um acordo entre duas partes é violado por uma delas, a outra tem toda legitimidade e legalidade para protestar e reagir e é isto que os trabalhadores estão a fazer.

O outro motivo prende-se com uma dívida aos trabalhadores desde 1996, que se arrasta sem solução, sendo o esforço por parte da administração não no sentido de acordo com aplicação efectiva, mas num acordo para ser submetido à aprovação, ou não, pelo governo, apesar de haverem decisões em tribunais relativamente a esta matéria. A luta vai continuar, nos próximos dias, com diversas acções, sendo umas delas, uma greve no dia 16 em todas as empresas do sector – CP, EMEF, CP-Carga e REFER, em torno dos seguintes temas:

Contra a liquidação/privatização da EMEF e da CP-Carga;

Contra a destruição da REFER na fusão com as Estradas de Portugal;

Contra a entrega a privados dos serviços lucrativos da CP;

Contra o roubo das concessões de transporte aos ferroviários do activo e reformados;

Pela ferrovia, Pelos Ferroviários, Por Portugal.