Liberdade Sindical está em causa na CME!

A União dos Sindicatos de Lisboa (USL/CGTP-IN) teve conhecimento - por via do sindicato, nosso filiado, SIESI (Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas) - de acções extremamente graves e violadoras da liberdade sindical (nomeadamente do artigo 55º da Constituição da República Portuguesa) e da livre negociação colectiva.

Destacamos, pela sua enorme gravidade:

· O impedimento de entrar ao serviço do trabalhador Eurico Campos, dois dias depois de ser eleito Delegado Sindical (evocando a CME uma suposta caducidade do contrato de trabalho a termo incerto, com os objectivos claros de tentar isolar o trabalhador, de desincentivar os restantes trabalhadores de lutarem pelos seus direitos e de atacar o movimento sindical unitário);

· A recusa a responder aos pedidos de reunião com o SIESI, para negociar o caderno reivindicativo aprovado pelos trabalhadores.

· O facto de, recentemente, além da empresa não ter criado as condições para o plenário dos trabalhadores (que se realizou num armazém sem condições nenhumas), termos sido ainda informados de que a empresa solicitou as filmagens das câmaras de videovigilância para saber quem foram os trabalhadores que participaram no plenário.

Nunca é demais recordar que vivemos num estado democrático e de direito e que a democracia não pode ficar à porta das empresas. A Constituição da República Portuguesa reconhece aos trabalhadores (como direito e dever fundamental) a liberdade sindical, condição e garantia da construção da sua unidade para defesa dos seus direitos e interesses.