A União dos Sindicatos de Lisboa, esteve presente e em solidariedade na concentração realizada no dia 26 de Março em frente a Assembleia da República. São 141 trabalhadoras da EUREST que receberam como “prenda” no Dia Internacional da Mulher, a comunicação do seu despedimento colectivo, juntamente com mais 5 trabalhadores da empresa.

É já o segundo despedimento colectivo nesta empresa, desde Novembro 2020.

Estão abrangidos 262 trabalhadores de cantinas e refeitórios, na maioria mulheres.

Estes despedimentos são inadmissíveis, à boleia da pandemia a empresa aproveita-se para promover despedimentos ilegais, pois invoca razões conjunturais, segundo a Federação dos sindicatos de Agricultura, Alimentação, bebidas e Turismo de Portugal (FESAHT).

A EUREST pode e deve recorrer aos apoios disponibilizados para manutenção do emprego de profissionais com competência e experiência que têm contribuído para a criação de riqueza e para o volume de negócios desta empresa, que ultrapassa os 100 milhões de euros por ano no nosso país.

Os trabalhadores não podem ficar calados e compactuar com estes atropelos e abusos patronais!

A Eurest alega ter trabalhadores a mais em algumas unidades, mas isso não é verdade, aliás até tem trabalhadores a menos, face à crise sanitária e às tarefas acrescidas de higienização e desinfecção que está obrigada.

A Eurest alega não ter postos de trabalho alternativos nas zonas das unidades afectadas com a medida, mas nada mais falso, pois continua a contratar centenas de trabalhadores a termo através de empresas de trabalho temporário para o mercado escolar e para outras cantinas e bares que explora.

Está na hora do Governo assumir alterações legislativas que assegurem e defendam o emprego, garantam os direitos dos trabalhadores, destas trabalhadoras e das suas famílias.