Fátima MessiasOcorrendo num momento histórico particular, o Congresso da União coloca-nos novos e acrescidos desafios para o desenvolvimento do trabalho sindical no distrito. Chegámos de um tempo em que a impunidade e a prepotência pareciam ser os únicos valores que o patronato e o governo queriam fazer perpetuar.

Os vencedores – que eram eles – não tinham deveres.

Os vencidos – que éramos nós – não tinham direitos.

Temos agora nas nossas mãos a possibilidade de escrever uma nova história. A nossa. Alicerçados no projecto, nos valores e nos princípios, indissociáveis uns dos outros, que nos identificam, como a unidade na acção, baseada em interesses de classe comuns e no combate a todas as medidas tendentes à sua divisão. É a partir de cada local de trabalho que a unidade se constrói, com o conhecimento e tratamento dos problemas concretos dos trabalhadores e das trabalhadoras, independentemente da sua sindicalização ou filiação partidária, de serem mais velhos ou mais novos, de serem homens ou mulheres, do vínculo de trabalho efectivo ou precário, ou de serem trabalhadores do sector privado ou do sector público. A primeira condição para modificar a realidade consiste em conhecê-la. É fundamental encarar as questões e tratar os problemas laborais concretos, não dissociados da política mais geral, dado que cada vez se acentua mais o confronto ideológico entre o trabalho e o capital.

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