TRABALHADORES DA CML DECIDEM EM PLENÁRIO AVANÇAR PARA A GREVE NAS FESTAS DE LISBOAOs trabalhadores da CML têm assistido, nos últimos anos, ao definhamento dos serviços públicos municipais, resultante das políticas seguidas pelos sucessivos executivos da autarquia. O STML e o STAL têm denunciado de forma sistemática o desinvestimento nos mais diversos sectores, com consequências visíveis na falta de meios humanos e de meios materiais para o desenvolvimento das tarefas normais do dia-a-dia. Além do mais, torna-se extremamente criticável o constante recurso a serviços externos (a privados) que podem e devem ser executados com os meios próprios da Câmara Municipal.
Contudo, estes problemas têm-se tornado ultimamente insustentáveis, face a estas más opções políticas, quer para o funcionamento dos serviços municipais quer, principalmente, para os trabalhadores.
Tal como o governo PSD/CDS utiliza o argumento da pouca disponibilidade financeira do país para roubar remunerações e direitos aos trabalhadores e justificar as privatizações, também o executivo PS da cidade, utiliza o mesmo argumento para não criar melhores condições de trabalho, desfavorecendo por esta via a prestação de serviço público de qualidade, eficiente e económico.
Refletindo-se na qualidade do serviço prestado a quem vive e trabalha em Lisboa, estas opções de desinvestimento foram agravadas com a opção de desintegrar serviços municipais face à descentralização de um conjunto de competências para as Juntas de Freguesia, num ato de desresponsabilização e desmantelamento de serviços e valências que a CML detinha, estando neste momento em curso a 2ª fase da transição de trabalhadores para as Juntas.
Os trabalhadores da CML, reunidos ontem  num plenário organizado pelo STML e STAL na Praça do Município, decidiram a realização de vários dias de greve durantes as Festas de Lisboa, iniciando já a sua forma de luta no dia 12 de Junho, véspera do feriado municipal.