greve na seda ibéricaA Administração da Seda Ibérica não assumiu compromissos relativamente à correcção das injustiças na distribuição dos salários e à abertura de um caminho para garantir a igualdade de oportunidades, mesmo depois de ter sido desconvocada uma greve. Nestas condições, como refere o SITE CSRA num comunicado, é inevitável o caminho da luta, que a partir de hoje e até dia 29 assume a forma de greve, durante duas horas em cada período de trabalho. O sindicato informou que as greves ocorrerão nos turnos (nos períodos 13h30-15h30, 15h30-17h30 e 05h-07h) e no horário normal (as duas últimas horas). Mais uma vez, desconvocando a greve que esteve prevista para os dias 2 a 9 de Março, os trabalhadores demonstraram quanto responsáveis são, acreditando que uma reunião com a administração, no dia 10 de Março, se traduziria num compromisso sério, contribuindo para garantir a paz social que todos anseiam.

 

Afinal, apenas houve promessas que remetem para possibilidades, mas sem qualquer tipo de compromisso.

Perante a afirmação patronal de que não há possibilidade de renegociar o aumento salarial de 2016, o sindicato e os trabalhadores questionam se houve negociação. A Administração voltou a rejeitar o caderno reivindicativo e actualizou os salários em 1,5 por cento, sem discussão.

O sindicato e os trabalhadores insistem na exigência de uma melhor distribuição da riqueza criada, querem solução para os problemas de assédio moral, ligados aos baixos salários, à precariedade da mão-de-obra temporária, querem que sejam ajustadas as categorias e funções, resolvidos os problemas da progressão nas carreiras e da diversidade de salários existentes em cada uma delas. Pretendem também que seja aplicada uma decisão arbitral sobre o contrato trabalho.

Nos plenários realizados e na discussão feita durante este longo processo, os trabalhadores da Seda Ibérica têm demonstrado que a força da sua razão e a justiça que as suas propostas contêm são possíveis de concretizar e contribuirão para o bom ambiente e a paz social que a empresa procura.

Os trabalhadores sabem que estão a trabalhar numa empresa que é líder de mercado, querem que continue assim, na senda de crescimento económico e de modernização, mas que não se esqueça das pessoas que muito têm contribuído para este crescimento, e que invista no seu bem-estar, na melhoria das suas condições de vida e de trabalho.