Um conjunto de organizações nacionais lançou um manifesto para defender a gestão pública da água e está a preparar uma proposta de iniciativa legislativa de cidadãos para impedir a privatização dos serviços. Esta iniciativa acontece na sequência, de medidas politicas que passaram pela concessão de diversos serviços municipalizados a empresas privadas, e pela concentração dos sistemas multimunicipais de águas que se encontram, nas mãos do grupo "Águas de Portugal". Quando o Governo anunciou a privatização da Águas de Portugal, este grupo, que inclui várias estruturas do movimento sindical nomeadamente: sindicatos, a União dos Sindicatos de Lisboa, a CGTP, a Associação Agua Pública, o Conselho Português para a Paz e Cooperação entre outros e decidiu reactivar uma campanha que tinha terminado em 2010. O plano apresentado pelo PSD-CDS é irresponsável, porque prevê a privatização das ÁGUAS DE PORTUGAL, num quadro de mercantilização da água, bem público essencial à vida. Atendendo a que a população se encontra num "quadro de empobrecimento e recessão, e de aprofundamento das desigualdades sociais", o movimento alerta para o facto desta medida “que, poderá resolver momentaneamente alguns problemas financeiros do Estado, mas que a longo prazo despoja o Estado do controlo deste monopólio natural".
Ver, promover, divulgar e partilhar a campanha "Água é de todos"!
O sistema de serviços de água "é auto-sustentável, as contas dos serviços de água de Portugal são positivas, são milhões de lucro e [devemos] olhar para este sector como um sector em que o Estado tem por obrigação investir",
As organizações subscritoras estão já a dinamizar o Manifesto e consideram que “a privatização de facto verifica-se em várias frentes, que vão da captação da água na natureza, passando pelas margens e leitos dos rios, pelos recursos pesqueiros marinhos, pelas infra-estruturas públicas como portos e barragens, até aos serviços públicos de abastecimento de água e saneamento de águas residuais", e provocam o aumento dos preços da água, em tarifas e em taxas e sobretaxas
O Movimento está a preparar a campanha que passa por várias fases entre elas: a recolha de recolher assinaturas necessárias para apresentar uma iniciativa legislativa a apresentar na Assembleia da República a fim de se impedir a privatização de serviços de água, e a realização de um fórum a realizar no dia 29 de Outubro, em Lisboa.