greve na petrogalA Fiequimetal, cumprindo as decisões aprovadas nos plenários realizados no final de Abril, entregou um pré-aviso de greve às administrações das empresas do Grupo Galp Energia, em defesa da contratação colectiva e dos direitos nela consagrados e por aumentos salariais que melhorem a distribuição da riqueza produzida pelos trabalhadores. A greve inicia-se a 19 de Maio, em Sines, e termina a 23 de Maio, no Porto. Nos plenários, os trabalhadores expressaram protesto, repúdio e indignação perante os enormes lucros do Grupo e a abundante remuneração dos conselhos de administração, enquanto estes continuam a recusar aumentar os salários dos trabalhadores e persistem em pretender aniquilar direitos que foram conquistados com muita luta. No comunicado que está a ser distribuído aos trabalhadores, a Fiequimetal considera totalmente inaceitável que a administração despreze o direito à negociação e actualização dos salários daqueles que criam a riqueza, quando se sabe que a Galp Energia, onde a Petrogal assume um peso determinante, só nos últimos quatro anos, acumulou 1294 milhões de euros de lucros e distribuiu aos accionistas 892 milhões de euros de dividendos, o que representa um aumento de 20 por cento em cada ano.

Ler comunicado aos trabalhadores e pré-aviso de greve.

A greve e os objectivos:

O pré-aviso de greve abrange todos os trabalhadores da Petrogal, da Gás de Portugal e das restantes empresas do Grupo Galp Energia, bem como de todas as empresas que prestam serviço nas instalações da Petrogal.

A greve começa às zero horas de dia 19 e termina às 24 de dia 22 de Maio, para os trabalhadores da Petrogal na Refinaria de Sines (incluindo o Parque e o Terminal).

Para os trabalhadores da Petrogal na Refinaria do Porto (incluindo os parques da Boa Nova, Perafita e Real e o Terminal de Leixões), a greve inicia-se às 6 horas de dia 21 e termina às 6 horas de dia 23 de Maio.

Os restantes trabalhadores da Petrogal e das demais empresas são chamados a fazer greve entre as zero e as 24 horas de dia 22 de Maio.

A greve tem os seguintes objectivos:

Defesa da contratação colectiva e dos direitos nela consagrados;

Aumento dos salários e melhor distribuição da riqueza produzida pelos trabalhadores;

Contra a redução/eliminação de prestações pecuniárias;

Contra a eliminação de direitos específicos dos trabalhadores de turnos;

Contra a desregulação e o aumento dos horários, incluindo o famigerado «banco de horas», que visa pôr os trabalhadores a trabalhar mais, por menos salário;

Pagamento do prémio de resultados a todos os trabalhadores das empresas abrangidas pela comunicação da Administração de 22 de Janeiro de 2015;

Defesa dos regimes de reformas e de saúde e outros benefícios sociais, alcançados pela luta dos trabalhadores ao longo de muitos anos de trabalho e de riqueza produzida.