greveA administração da fábrica de embalagens da multinacional Seda, instalada na Estrada de Paço de Arcos, voltou a rejeitar o caderno reivindicativo dos trabalhadores e aumentou os salários sem negociação, em apenas 1,5 por cento, valor insuficiente para recuperar as perdas dos últimos quatro anos. No dia 16 de Fevereiro iniciou-se uma série de greves de duas horas por turno e a todo o trabalho extraordinário, informou o SITE-CSRA. Nos últimos anos a administração impôs uma forte contenção salarial. Em 2016, continua a apostar nos baixos salários, na discriminação e no alargamento do fosso entre salários mais baixos e mais altos.

 

A empresa localizada em Paço de Arcos tem como actividade a fabricação de embalagens de papel e de cartão e faz parte do grupo multinacional Seda Packaging Internacional, líder do mercado Português e em crescimento. Empresa que registou um volume de negócios de 40,5 milhões de euros e é considerada a primeira entre as cem maiores empresas do sector tendo como base as vendas, produção e volume de emprego.  empresa rejeitou este ano os aumentos salariais propostos no caderno reivindicativo que os trabalhadores apresentaram à administração e impôs a sua proposta sem qualquer discussão. Os trabalhadores rejeitam esta posição da empresa e opõem-se a um aumento que consideram insuficiente, tendo em conta que têm vindo a perder poder de compra e direitos e a empresa a lucra, e muito, com isso.  situação financeira da empresa, a continuada desvalorização dos salários, a manutenção da discriminação salarial e a crescente precariedade motivam a luta dos trabalhadores, que continuará assim a greve até dia 21 de Fevereiro durante 2 horas no final de cada turno, assim como a todo o trabalho extraordinário.