Os trabalhadores do Dia Minipreço realizaram nos dias 21 e 22 de Maio uma grande jornada de Luta que contou com uma ampla participação dos trabalhadores no piquete de greve no Armazém de Valongo às 4h da manhã. Foram de seguida acompanhados por piquetes nos Armazéns de Torres Novas e Vialonga.

Em Vialonga, os trabalhadores puderam contar com a presença e solidariedade da Secretária-Geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha, solidariedade essa extensível aos restantes trabalhadores em luta. Segundo se pode apurar até ao momento, a adesão é de:

  • 90%, Vialonga;
  • 80% Torres Novas e Valongo;
  • Nalguns sectores, apenas as chefias se apresentaram ao serviço.

 

Estes elevados níveis de participação mostram bem o grau de descontentamento dos trabalhadores e a sua determinação em vencer esta luta.

Os trabalhadores amanhã farão novamente piquete de greve à porta do Armazém de Vialonga, às 6h.

 

O que nos trouxe até aqui?

 

Perante uma subida nas vendas de 7,6% em 2020, esperava-se que a Dia Portugal avançasse com o aumento dos salários de todos os trabalhadores, que permitissem uma vida digna a todos os que diariamente estão nas lojas e armazéns a produzir lucros para esta multinacional.

Tal não aconteceu.

A Dia Portugal continuou a sua política, dos últimos anos, de salários de miséria. Desde 1 de Janeiro de 2021, que mais de 80% dos trabalhadores da empresa, num universo de 3500, recebem salários entre os 665 e os 700 euros, muitos deles com carreiras entre os 10 e os 30 anos na empresa!

O Dia Minipreço é a empresa que pratica os salários mais baixos do sector. Os trabalhadores dos armazéns não aceitam mais esta situação de empobrecer a trabalhar.

Os trabalhadores exigem o aumento dos salários, a valorização das carreiras e da antiguidade, contra as políticas discriminatórias da empresa!