No dia 15 de Outubro a CGTP-IN, levou à rua, em Lisboa e no Porto, muitos milhares de trabalhadores, homens, mulheres, jovens, reformados imigrantes, mas também desempregados que vêem a sua situação económica e social a degradar-se de dia para dia. A Jornada Nacional de Mobilização e Luta "Aumento Geral dos salários e Pensões. Emergência Nacional. Combater o custo de Vida e o ataque aos Direitos" foi o mote desta manifestação.

O problema da inflação, com o aumento exponencial dos preços de bens e serviços, provoca uma acentuada perda do poder de compra dos trabalhadores e dos reformados com graves repercussões nas famílias. Os jovens no nosso país estão confrontados com a instabilidade no trabalho e na vida a que os seus vínculos precários os condenam, com baixos salários e desaproveitados nas suas capacidades a que não corresponde a justa valorização. A juventude é o futuro do país, é urgente criar condições para que eles não emigrem. Para isso é preciso criar emprego estável, acabar com a precariedade, aumentar os salários e garantir o direito à habitação.

São os mais pobres aqueles que mais sofrem com o aumento da inflação. É insuportável o aumento quase semanal do preço dos combustíveis, a especulação que aproveita o pretexto da guerra e das sanções para aumentar descontroladamente o preço dos bens essenciais de que não podemos prescindir. Aumentos que não existem quando dizem respeito aos salários e às pensões. Como afirmou a Secretária Geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha, na sua intervenção, o aumento geral dos salários "É uma emergência nacional, porque é agora que falta o dinheiro, porque é todos os meses e não apenas em Outubro, que os trabalhadores, os pensionistas e reformados, precisam de mais salário e pensão para ter acesso aos bens e serviços essenciais.".

O Acordo de Médio Prazo dos Rendimentos, dos Salários e da Competitividade, que o Governo celebrou com o patronato e com a UGT, não serve os trabalhadores porque transfere a riqueza produzida para o capital, não repõe o poder de compra e não valoriza o trabalho. O compromisso da CGTP "é com quem trabalha e trabalhou, (...) é com os trabalhadores e os seus interesses, e é este compromisso que determina o nosso posicionamento.”. A CGTP-IN exige o aumento geral de salários intercalar de 10%, com um mínimo de 100€ e do SMN para 850€ em 2023.

Foi também lida e aprovada uma resolução.