O CESP promoveu no dia 16 de Dezembro, no Pingo Doce de Vialonga, uma acção contra os atropelos laborais promovidos pela Jerónimo Martins. Os baixos salários, a precariedade, horários desregulados e assédio são os principais motivos de queixa por parte dos trabalhadores. Os trabalhadores concentraram-se à porta da loja em protesto contra as condições de trabalho. São vários os problemas apontados por estes trabalhadores, que estão reflectidos num boletim do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) que foi distribuído aos clientes, apelando à sua solidariedade, enquanto ocorria a concentração à entrada do estabelecimento.
Os trabalhadores queixam-se dos horários de trabalho não serem afixados com 30 dias de antecedência, tal como está consagrado no Contrato Colectivo de Trabalho, assim como dos dias de descanso serem alterados de um dia para o outro, «não respeitando a vida pessoal e familiar dos trabalhadores». Outro dos problemas assinalados prende-se com o aumento da carga horária para alguns trabalhadores, sendo que alguns chegam a laborar 10 a 12 horas seguidas.
Alertam também para que há trabalhadores a manobrar máquinas de corte sem formação. O sindicato divulga ainda que os trabalhadores exigem o fim dos elevados ritmos de trabalho e o fim das pressões e do assédio. Os trabalhadores defendem igualmente o cumprimento do Contrato Colectivo de Trabalho e condições de higiene, saúde e segurança no trabalho, como um fardamento apropriado e em quantidade suficiente.
