A União dos Sindicatos de Lisboa afirmou através do seu coordenador João Coelho no congresso da CGTP-IN, a necessidade de continuar a lutar: contra o modelo de baixos salários; pelo horário de trabalho 35 horas semanais para todos os trabalhadores sem perda de remuneração e contra a sua desregulação; intensificar o combate à precariedade; pela contratação coletiva e pela reintrodução do princípio do tratamento mais favorável ao trabalhador. O país só tem futuro se houver mudança de políticas, para isso é fundamental o envolvimento dos trabalhadores, na luta que vai continuar  sejam eles no setor privado ou no setor público, pela resolução dos problemas concretos e pela melhoria das condições de vida e de trabalho. Uma aspiração comum a milhares de trabalhadores que irá mobilizar para a ação geral que conta, no distrito de Lisboa, com o papel de articulação e coordenação da União dos Sindicatos.

Tem sido assim que a USL tem desenvolvido o seu trabalho nas mais diversas áreas e nas mais diversas lutas. Lutas que se travam no plano laboral, mas também lutas que se travam num quadro mais geral e essencial para as condições de vida dos trabalhadores (no ativo e reformados), das quais destacamos: por mais e melhor SNS, pela melhoria do serviço de transportes públicos, pela habitação ou ainda a luta pelas questões da paz e pelo desarmamento.

Na sua intervenção lembrou o compromisso assumido

no XIII congresso da USL, que teve como principais objetivos, dos quais destacou: o reforço das frentes de trabalho específicas (Interjovem, Inter-Reformados, Comissão igualdade entre mulheres e homens, trabalhadores imigrantes) e a necessidade do reforço da ligação da USL aos sindicatos, como elemento fundamental para potenciar a ação sindical no distrito assim como a intensificação da ação e a luta reivindicativa, centrada nos locais de trabalho, partindo das reivindicações concretas, interesses e aspirações dos trabalhadores.

Este objetivo reforça a responsabilidade  da USL, enquanto pólo dinamizador da ação sindical no Distrito, tendo sempre como base as orientações para a ação sindical integrada. Nesse sentido, definimos como prioridades o aprofundamento da ação e intervenção sindical descentralizada nos vários concelhos (assente nas delegações sindicais existentes), o aprofundamento do trabalho articulado entre os vários sindicatos nos pólos de emprego industrial e de serviços, bem como a entrada em novos locais de trabalho.

Realçou ainda a importância no distrito de Lisboa, o aumento da capacidade de organização, intervenção e influência nos locais de trabalho dos sindicatos da CGTP-IN de forma a contribuir a uma maior participação e unidade dos trabalhadores para o desenvolvimento da luta. Assim, é fundamental o fortalecimento e alargamento da organização sindical de base sendo fundamental a concretização das seguintes metas para os sindicatos do Distrito: a sindicalização de 35.000 trabalhadores, a eleição de 2.000 novos delegados sindicais e 500 representantes dos trabalhadores de segurança e saúde no trabalho, só assim poderemos garantir direitos para combater a exploração, afirmar abril por um Portugal com futuro.