No distrito de Lisboa vivem mais de milhão e meio de reformados da Segurança Social e da Caixa Geral de aposentações, com pensões baixas que não permitem ter uma vida digna, para fazer face às despesas básicas como alimentação, saúde ou habitação, mencionou Eugénio Bernardes coordenador da Inter-Reformados Lisboa, na Tribuna Pública realizada, ontem na Gare do Oriente.

Foram vários os testemunhos, ilustrativos das dificuldades com que vive a imensa maioria dos reformados e aposentados do distrito.

Maria Odete, da Comissão de Reformados do SITE CSRA e da Direcção Distrital da IR Lisboa referiu o problema da habitação, onde a “Lei dos Despejos”, fez com que muitos idosos estejam a ser despejados das suas casas, dos seus bairros, onde moravam há dezenas de anos, foram obrigados a sair e passaram a viver mergulhados numa tristeza e depressão, pois perderam todas as suas referências!…” reafirmou ainda Odete que esta Lei tem que ser revogada, tem que existir um regime de proteção da habitação arrendada com regulação do valor das rendas e estabilidade nos contratos, bem como o fim do regime dos residentes não habituais.

João Coelho em nome da USL/CGTP-IN fechou a tribuna, fazendo referência a um conjunto de reivindicações urgentes como o aumento de 7,5% de aumento em todas as pensões com um mínimo de €70; pelo reforço da Segurança Social; pela exigência do Serviço Nacional de Saúde público, gratuito e de qualidade; pela melhoria dos serviços públicos e por uma rede pública de lares e de outros equipamentos e serviços de apoio à 3ª idade; pela gratuitidade dos medicamentos para as doenças crónicas.

Os Reformados são uma força que conta, necessários no momento em que vivemos, os baixos salários têm como consequência baixas reformas e as mulheres são particularmente atingidas, por isso já no dia 8 de março, no dia Internacional da Mulher, …”esperamos contar convosco”, na Marcha sindical que vai haver, a partir das 14h30, que parte da Casa Sindical, bem como no âmbito da Campanha eleitoral, com o nosso voto vamos dar força à luta dos que sempre estiveram comprometidos com o aumento dos salários e pensões, com a defesa dos direitos de quem trabalha e trabalhou, tem de ser levada até às urnas no próximo dia 10 de março!