ANO DE 2016 TERMINA COM MUITA LUTA! 2017 É TEMPO DE INTENSIFICAR ESSA LUTA!O ano de 2017 apresenta-se-nos como um ano para intensificar ainda mais a luta, na senda de defender, repor e conquistar direitos e remunerações, e em que os bons exemplos deste último trimestre não podem nem devem ser esquecidos, antes devem ser valorizados junto dos trabalhadores, colocando a cada um e a todos a necessidade de, em unidade, irem à luta pelos seus direitos e interesses. É necessário e imprescindível dar, desde já, continuidade a esta dinâmica reivindicativa que cresceu, fortaleceu-se e agora não pode esmorecer. 

 

Após a concretização da semana de luta, convocada pela nossa Central, de 26 a 30 de Setembro, levada a cabo por Sindicatos e trabalhadores, e cujo balanço se considera muito positivo, evidenciado no enorme número de contactos, plenários e acções de luta construídos a partir das reivindicações emanadas dos locais de trabalho, empresas e sectores, e na qual o distrito de Lisboa deu um valioso contributo para que o balanço feito fosse o referido, mas no último trimestre de 2016 trabalhadores, utentes e Sindicatos não ficaram expectantes, a fazer balanços ou à espera que os problemas que os afectam se resolvessem por si.

De facto, a semana de luta de Setembro cumpriu também o objectivo de, a partir das reivindicações mais localizadas ou sectoriais, lançar bases para a intensificação da acção reivindicativa em torno da melhoria das condições de trabalho, contra a precariedade, pela efectivação da contratação colectiva e pela defesa dos serviços públicos.

Foi neste contexto que se inseriram as muitas acções de luta dos mais variados sectores como os transportes, os seguros, a hotelaria, o comércio e serviços, a alimentação e bebidas, o sector eléctrico e da indústria e transformação, as actividades diversas e da administração pública, central e local, esta última com expressão mais evidenciada na manifestação de 18 de Outubro, convocada pela Frente Comum e realizada em Lisboa.

Ao mesmo tempo realizaram-se também acções de luta de estudantes, de jovens e de reformados e pensionistas em torno das questões especificas que afectam estes grupos sociais, foram levadas a cabo acções envolvendo utentes, trabalhadores e sindicatos defendendo o SNS, os transportes, o direito à água, a cultura ou ainda pela erradicação da pobreza.

Foi toda esta luta, a força impulsionadora de importantes avanços e conquistas, para os trabalhadores, que constatamos nos tempos mais recentes, nomeadamente em alguns sectores e empresas na integração de trabalhadores com vínculo precário, no desbloqueio da contratação colectiva e até na melhoria de uns poucos aspectos que o Orçamento de Estado apresenta em relação à proposta inicial do governo, embora mantendo o carácter limitado em relação às pretensões e aspirações dos trabalhadores.

Dinamizar a acção reivindicativa nas empresas, serviços e locais de trabalho a partir dos problemas concretos sentido pelos trabalhadores, nomeadamente na contratação colectiva e nos salários, trabalhar para imprimir um forte impulso à Campanha Nacional Contra a Precariedade, realizando o roteiro contra a precariedade, são factores preponderantes para que se concretize uma grande Manifestação no Dia Nacional da Juventude (28 de Março) e na construção de um grandioso 1º de Maio.